MARANHÃO- De fato atualmente, como muitos comentam, o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, que está numa situação extremamente confortável no ‘jogo de xadrez’ do cenário político maranhense.
Melo detém o apoio da maioria dos deputados na Casa numa eventual eleição indireta, tanto que já fincou o pé e garante aos mais próximos que é candidato a governador e não abre mão. A decisão de Arnaldo Melo e a sua situação confortável, obrigou a governadora Roseana Sarney a recuar da decisão de antecipar sua saída, que aconteceria no início de março.
Apesar de particularmente não ter absolutamente nada contra Arnaldo Melo, Roseana é defensora da tese que Luis Fernando, secretário de Infraestrutura e pré-candidato do PMDB nas eleições diretas, chegará mais forte na campanha eleitoral e na eleição de outubro sendo governador do Maranhão.
Por conta dessa celeuma e divisão clara na base governista é que a governadora foi obrigada a recuar e só sairá, caso confirme candidatura ao Senado Federal, no prazo final permitido pela legislação, ou seja, primeira semana de abril.
No entanto, o jogo ainda não terminou e como num passe de mágica, Melo corre o sério risco de deixar a zona de conforto que hora se encontra para ficar inelegível nas eleições de outubro e sem mandato em 2015.
Se não houver consenso, o que parece algo difícil no momento, a governadora legitimamente tentará fazer prevalecer a sua tese e para isso sabe que precisará voltar a ter o apoio irrestrito dos deputados governistas na Assembleia, tanto que recuou estrategicamente e ganhou um mês para conseguir a maioria novamente.
Se a governadora conseguir a maioria na Casa durante o mês de março e consequentemente acertar com a base governista a eleição de Luis Fernando na indireta, aí será Arnaldo Melo que ficará em maus lençóis, pois quando Roseana renunciar, quem assumir o governo ficará inelegível, pois já estará no período vedado pela legislação eleitoral.
Sendo assim, para Arnaldo Melo será um mês decisivo, pois precisará manter a maioria na Casa, caso contrário sairá da situação confortável que está atualmente, para ficar inelegível.
FONTE: JORGE ARAGÃO