COMISSÃO DE REFORMA POLÍTICA DA ASSEMBLEIA DO MA TEM NOMES ENVOLVIDOS EM ESCÂNDALOS, COMO MARCOS CALDAS E ROBERTO COSTA.

ROBERTO COSTA
ROBERTO COSTA

 

Com a missão de elaborar e unificar propostas sobre mudanças na legislação política e eleitoral do País, a comissão do Legislativo estadual abriga, porém, deputados envolvidos em escândalos e investigações da Polícia Federal.

Está presente, entre os sete titulares, o suspeito de prática de agiotagem e ex-sócio do agenciador da morte do jornalista e blogueiro Décio Sá – segundo investigação da polícia, o deputado que governou o Maranhão por apenas dez dias, Marcos Caldas, o Marcos Play (PRB). Ele um dos autores do requerimento.

Um dos líderes do governo Roseana Sarney, o peemedebista Roberto Costa também tem vaga de titular na comissão. ‘Afilhado’ do senador João Alberto (PMDB/MA), Costa foi denunciado ao Ministério Público como responsável por ‘comandar um esquema de corrupção no Detran/MA’ que envolveria ‘mais de R$ 20 milhões’, segundo um membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA.

A comissão conta ainda com o 2º Secretário da Assembleia Legislativa, Jota Pinto (PEN). Então corregedor da Casa em 2011, o deputado foi quem comandou uma investigação sobre a suposta ‘propinagem’ no Poder Legislativo que acabou em pizza.

Em seu relatório, Pinto argumentou que não havia elementos para punir o deputado Stênio Rezende (PMDB) e ainda mandou os deputados Tatá Milhomem (PSD), César Pires (DEM) e Rogério Cafeteira (PMN) ao Conselho de Ética pela suposta denunciação caluniosa.

Envolvido em caso não menos escandaloso, o deputado Alexandre Almeida (PSD), que tanto aprontou para chamar atenção para a sua pré-candidatura a prefeito de Timon em 2012, acabou chamando a atenção da Justiça. Também com presença marcada na Comissão Especial de Reforma Política da AL, Almeida foi representado por propaganda eleitoral antecipada pelo Ministério Público Eleitoral.

Motivo de piadas por propor, após longo pronunciamento na Assembleia Legislativa, a saída da polícia maranhense das investigações da morte de Décio Sá e dos crimes de agiotagem no Maranhão, outro nome com cadeira cativa na comissão é o do deputado Neto Evangelista (PSDB). Filho do ex-presidente da Casa, Evangelista chegou a se ‘prostituir’ nas redes sociais, apesar de ser casado, em busca de votos para a reeleição de seu colega de partido e candidatura, João Castelo.

A comissão especial conta ainda com o genro da desembargadora Nelma Sarney, o deputado Edilázio Júnior (PV). Ele foi citado em depoimento à Polícia Federal do Piauí, durante a investigação em torno da morte da estudante Fernanda Lages Veras, encontrada morta no pátio posterior da sede da Procuradoria da República, na madrugada do dia 25 de agosto de 2011.

Apesar do envolvimento do pai e da mãe em condenações na Justiça e denúncias de ter empregado funcionárias fantasmas, o deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB), também autor do requerimento, parece ser o único nome limpo na comissão maranhense que pretende defender o clamor das milhares de manifestações que ganharam as ruas do Brasil.

 

FONTE: ATUAL7

 

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