O sonho de ganhar a vida na cidade grande terminou em tragédia para dois maranhenses que há dois anos moravam e trabalhavam como metalúrgicos, em um estaleiro na Ilha do Governador, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Primos, Adaelson e Adaílton Azevedo Reis, de 20 e 29 anos, respectivamente saíram do Maranhão em 2011 para tentar uma vida melhor na Cidade Maravilhosa. Porém, na última terça-feira (9), após uma discussão por conta de R$ 800, Adaelson esfaqueou e esquartejou o primo em seis partes.
Horas depois, já na madrugada de quarta-feira, Adaleson teria jogado o tronco, cabeça e pernas no quintal de uma casa vizinha e levado os braços para a Praia da Guanabara. Por fim, lavou quarto e banheiro para apagar os sinais do crime.
Adaelson, que é conhecido como “Barriga” por parentes e amigos, foi preso na manhã da última quinta-feira (11) por agentes da 37ª Delegacia de Polícia (Ilha do Governador). Ele foi encontrado num quarto de hotel localizado nas proximidades do local onde escondeu os braços de seu primo. Segundo o delegado José Otílio Bezerra, os R$ 800 que motivaram o crime foi adquirido pelo assassino com a venda de um cordão de prata que havia furtado do primo.
Adaelson confessou o crime em depoimento. Segundo relato do assassino na delegacia, Adaílton queria o dinheiro de volta e foi até a casa de Adaelson cobrar a quantia. Diante da negativa do primo, a vítima teria ameaçado contar para os traficantes da favela onde moravam, que seu primo era um ladrão. Em seguida, o assassino foi até a cozinha, pegou a faca e deu duas facadas no peito da Adaílton, que estava deitado na cama de Adaelson. Em seguida, saiu de casa “para beber um pouco e esquecer” o que fez. “Matei do nada. Não sabia o que estava fazendo”, disse o assassino após ser preso sem resistência.
Após o corpo da vítima ser encontrado, na quarta-feira, por parentes dos primos na favela, a polícia fez a perícia na casa de Adaelson. Manchas de sangue foram detectadas pelos agentes. Peritos que examinaram as partes do corpo da vítima se impressionaram com a “técnica apurada” do criminoso. Em depoimento, ele explicou que havia adquirido o conhecimento no Maranhão, onde havia trabalhado cortando porcos após o abate.