PF prende na “Operação Torrentes II” advogados e bombeiros do MA e PE em supostos desvios em obras contra enchentes e seca.

Policia Federal foi as ruas na segunda fase da Operação Torrentes.

MARANHÃO – A Polícia Federal (PF) realiza nesta quinta (8), em Pernambuco e no Maranhão, a 2ª fase da Operação Torrentes, contra desvios de dinheiro público, por parte de integrantes do Corpo de Bombeiros de ambos os estados e empresários pernambucanos.

Pelo menos dois advogados figuram entre os que tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça Federal na Segunda Fase da Operação Torrentes. São eles os advogados Daniel Pereira Costa Lucas, que também é apontado pela Polícia Federal como lobista e Pastor Evangélico e Manoel Henrique dos Santos Lima, que é Assessor Jurídico da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Estado do Maranhão (CEPDECMA). Ambos já se encontram presos.
Além dos dois advogados, foram expedidos mandados de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão contra os seguintes alvos:
JOÃO VANDERLEY COSTA PEREIRA – CEL/PM – Ex-Comandante do Corpo de Bombeiros/MA
(Prisão Temporária- Mandado de Busca e Apreensão);
AUGUSTO CÉSAR DOS SANTOS CUTRIM – 1º TEN/PM – Corpo de Bombeiros/MA
(Prisão Temporária- Mandado de Busca e Apreensão)
ÍTALO HENRIQUE SILVA JAQUES– Prisão Preventiva; (COTEL)
RICARDO JOSÉ DE PADILHA CARÍCIO- Prisão Preventiva; (COTEL)
RAFAELA CARRAZONE DA CRUZ GOUVEIA PADILHA – Prisão Preventiva;
CARLOS ROBERTO DE SOUZA LIMA – Busca e Apreensão; (Empresário também conhecido como “Coronel Betão”, ex-Secretário do Gabinete Militar do Governador do estado do Maranhão)
CARLOS ROBÉRIO DOS SANTOS – Busca e Apreensão-(Empresário Coronel da Reserva do Corpo de Bombeiros do Estado do Maranhão e ex-Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil do Estado do Maranhão (2009-2013).

Em novembro de 2017, na 1ª fase da “Torrentes”, apenas o Corpo de Bombeiros de Pernambuco e empresários daquele estado foram alvos da PF. Os desvios investigados foram de dinheiro destinado a reconstruir áreas destruídas pelas enchentes na Mata Sul pernambucana, em 2010 e 2017.

Desta vez, a PF acredita que as empresas investigadas em Pernambuco também atuaram em um esquema semelhante de corrupção no estado do Maranhão.

Conforme nota divulgada pela PF, empresários pernambucanos são suspeitos de integrar um esquema de corrupção perpetrado pelo Corpo de Bombeiros do Maranhão em operações contra uma forte seca que atingiu o Estado entre 2013 e 2014.

As suspeitas começaram após a deflagração da 1ª fase da “Torrentes”, quando agentes da Secretaria da Casa Militar do governo de Pernambuco foram investigados por desvios de verba pública.

No total, a PF acredita que o prejuízo causado aos cofres do Maranhão pode chegar a R$ 10 milhões.

Os indícios de superfaturamento foram encontrados ao se constatar que os contratos firmados entre as empresas e o Corpo de Bombeiros do Maranhão apresentavam valores 30% mais altos do que os preços convencionais de mercado.

Em Pernambuco, estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e no Maranhão, três. Nove mandados de busca e apreensão também estão sendo cumpridos nos dois estados.

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