Por volta de 13h desta terça-feira (20) dezenas de policiais militares, civis e bombeiros de todo o país entraram no Salão Verde da Câmara e fizeram um protesto para pressionar os deputados a votar a Proposta de Emenda Constitucional 300, que cria um piso salarial para as categorias.
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do governo na Câmara, foi cercado pelos manifestantes quando passava pelo Salão Verde. Os manifestantes cobravam de Chinaglia que a PEC 300 seja colocada em pauta.
De acordo com a Câmara, a entrada dos policiais no Salão Verde foi feita sem confronto com a segurança da Casa. Os manifestantes chegaram a tentar cortar a entrada para o plenário principal, mas foram impedidos pela polícia legislativa.
Policiais e bombeiros que estão na Câmara pediram uma audiência com o presidente da Casa, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para apresentar a reivindicação do grupo.
Alves vai receber dois representantes de cada estado. Ainda assim, os manifestantes disseram que pretendem ficar no Congresso até receberem uma proposta da Câmara sobre a votação da PEC 300.
Pressão
Após ouvir os protestos dos policiais, o deputado Arlindo Chinaglia disse que a Casa não deve incluir a PEC 300 na pauta antes de o assunto ser discutido pelo colégio de líderes. Na visão do líder do governo, o Legislativo não pode ser pautado por meio de pressões.
“Houve uma mobilização. Não havia nada combinado para votar [a PEC 300]. O fato de haver a ocupação de parte da Câmara não obriga e, nessas condições, é mesmo que não será votado. Não existe um poder acuado. Não compartilho da ideia de que qualquer poder tem de ceder porque alguém está pressionando ou reivindicando”, enfatizou.
FONTE: GLOBO.COM