Polícia encontra cadáver de mulher desaparecida há mais de 4 meses e prende suspeito do crime

Suspeito de ter assassinado Elayne Pereira foi identificado como José Ribamar Silva Saraiva, conhecido como “Riba”.

SÃO LUÍS/MA – A Polícia Civil confirmou que o cadáver encontrado na semana passada, em um matagal atrás do Hospital Carlos Macieira, é da mulher Elayne Ingridy Diniz Pereira, que residia em Juçatuba, em São José de Ribamar, e estava desaparecida desde o dia 16 de abril deste ano.

O suspeito de ter assassinado Elayne Pereira foi identificado como José Ribamar Silva Saraiva, conhecido como “Riba”. Ele foi preso na tarde desta quinta-feira (05) por policiais da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).

Segundo o Delegado que iniciou a investigação, Felipe César, após colher os primeiros dados, surgiu a suspeita de que Elayne Pereira havia sido vítima de feminicídio. O caso passou a ser investigado tanto pelo Departamento de Proteção à Pessoa quanto Departamento de Feminicídio, este último coordenado pela delegada Viviane Fontenele, ambos da SHPP.
Pelos depoimentos das testemunhas, foi confirmado que a última pessoa a ser vista com Elayne, ainda no dia 16 de abril, foi “Riba”, no terminal de integração do São Cristóvão e nas proximidades do Hospital Carlos Macieira, no Renascença. Mesmo após o cadáver da vítima ser encontrado, não havia como ser identificado no primeiro momento por causa do desgaste. O cadáver e as vestimentas foram encaminhados ao IML e, pela arcada dentária, foi confirmado a identidade de Elayne. Diante da identificação, a polícia pediu a prisão de José Ribamar que foi deferida pela Justiça e cumprida às 14h na residência dele, na região de Juçatuba.

Em contato com o blog, a delegada Viviane Fontenele disse que, no primeiro interrogatório, “Riba” não quis falar nada sobre o crime. “Ele ficou calado e disse apenas que iria obedecer orientação de seu advogado para que não dissesse nada. Nós temos plena convicção da autoria. Foi ele”, disse a delegada Viviane.
De acordo com informações de familiares, em contato com o blog, “Riba” reside na área conhecida como Praia da Moça, na região do Unicamp/Juçatuba, em São José de Ribamar. Ele iria ser padrinho da filha de Elayne e Lázaro (esposo) e costumava frequentar a residência do casal. O crime teria sido cometido no mesmo dia em que a mulher saiu de casa para visitar parentes, pagar contas e fazer compras.

Passeio sobre o desaparecimento de Elayne.

Entenda o caso

Elayne Pereira desapareceu no dia 16 de abril após sair de sua residência com destino à casa da avó paterna, no bairro Vila Cascavel. Em seguida, ela iria à casa de uma tia materna, na Cidade Operária. No entanto, ela não chegou em nenhum dos dois locais. O marido, identificado como Lázaro, somente comunicou à família dela na tarde de quarta-feira (17). Antes de desaparecer, no dia anterior, a jovem teria travado uma discussão com o marido. A informação foi passada pelo próprio marido, que não deu maiores detalhes do ocorrido. Ele disse apenas que a mulher saiu de casa com R$ 200,00 para pagar uma conta e fazer compras de gêneros alimentícios para casa.

A família chegou a espalhar cartazes com a foto da jovem em vários pontos da cidade e no transporte coletivo, na esperança de que surgisse alguma informação precisa que levasse à elucidação do desaparecimento de Elayne. A divulgação foi intensa também nas redes sociais. Para a família, o desparecimento sempre foi muito estranho, pois Elayne era uma mãe muito dedicada à filha. “Para onde ia, ela fazia questão de levar a filha. Jamais ela sairia de casa sem a menina. É muito sofrimento para todos nós”, disse, em uma das manifestações, uma parente de Elayne.

 

(FONTE: GILBERTO LIMA)

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