MISSA DE UM MÊS DE FALECIMENTO DE ANA CLARA REÚNE FAMILIA E AMIGOS.

MISSA DE ANA CLARA
MISSA DE ANA CLARA

O frei Arimatéia Araújo iniciou a celebração da missa de um mês da morte de Ana Clara Santos com pedido de força para os familiares das vítimas dos ataques a ônibus e paz para o mundo. A missa ocorreu na noite de ontem, na paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no Anil e ainda, está prevista uma homenagem a menina organizada moradores do Santa Cruz. A homenagem será na praça do bairro na manhã do próximo sábado.

Os familiares e os amigos de Ana Clara começaram a chegar desde cedo à igreja. Muitos vieram vestidos com a camisa que tinha a foto da criança como a do bisavó, e também uma mensagem que dizia “quem quiser vencer na vida deve fazer como os sábios: mesmo com a alma partida, ter um sorriso nos lábios”.

Por volta das 18h30, o frei, em companhia dos ministros da eucaristia, começou a celebração da missa. Um dos primeiros assuntos relatados pelo religioso foi sobre a partida trágica de Ana Clara e, segundo ele, foi mutilada por homens que não possuem o amor de Deus e vivem no meio das trevas.

Ele durante a homília chamou a atenção dos governantes que possam administrar pensando em políticas públicas coerentes para a população. “Neste livro Jesus fala sobre conversão e conversão é justamente modificação. No entanto, os políticos devem mudar a sua forma de governar para que tenhamos paz na sociedade”, destacou o frei.

Já a avó paterna de Ana Clara, Ana Deusa Silva, de 48 anos, disse que ainda não se conformou com a perda da neta e muito menos com a morte do seu pai, Dasico Rodrigues. Ele morreu em conseqüência do estado de saúde da bisneta.

Quem também estava na missa era a tia materna, Geogiana Carvalho com o irmão, Diego, de 8 anos; e o filho, Izaque, de 7 anos. Ela declarou que a família está muito abalada e o vazio continua no coração de todos.

Ana Beatriz Silva, de 8 anos, até o momento, não esqueceu o sorriso da prima. “Ela era muito comunicativa e tinha um sorriso muito bonito. Não tem como esquecer isso, principalmente, quando brincávamos na casa da nossa avó”.

Queimados
Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, sofreu queimaduras de 1º e 2º Grau em 95% do corpo durante ataques a coletivos, na noite do dia 3 de janeiro deste ano. Além dela, a sua mãe, Juliane Carvalho Santos, 22 anos; e a irmã Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, como ainda o entregador de frango Márcio da Cruz Nunes, de 37 anos; e Abiancy Silva Santos, de 35 anos, também foram vítimas quando o coletivo da Vila Sarney Filho II foi incendiado, segundo a polícia, cometidas por integrantes de facções criminosas, inclusive, a ordem saiu de internos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

As vítimas com idades maiores foram levadas para o Hospital Geral, na Madre Deus, enquanto, as duas crianças para o Juvêncio Matos. Ana Clara não resistiu à gravidade dos ferimentos e veio a óbito, no dia 6 de janeiro, sendo enterrada, no dia 7, no Cemitério Jardim da Paz, na Estrada de Ribamar.

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