SÃO LUÍS- O grupo que defende a eleição indireta do secretário de Estado de Infraestrutura, Luis Fernando Silva (PMDB), na Assembleia Legislativa, corre contra o tempo para tentar garantir o apoio necessário para alcançar seu objetivo. Entre os aliados do auxiliar governamental na Casa há um consenso sobre a necessidade de estabelecimento de um acordo o quanto antes. A lógica é simples: quanto mais o tempo passa, mais Arnaldo Melo (PMDB) fica poderoso.
De uma forma ou de outra, o comando do Estado passará pelas mão do presidente da Assembleia Legislativa.
Está nas mãos da governadora Roseana Sarney (PMDB) – isso se ela optar mesmo por renunciar ao cargo para entrar na disputa pelo Senado – decidir se esse poder ficará com Melo por 30 dias, ou por nove meses.
Ser sair até o início de março, Roseana dá ao “deputado-governador” a possibilidade de organizar a eleição indireta em 30 dias e, ainda assim, voltar ao Parlamento sem qualquer inelegibilidade.
Se ficar mais tempo, Roseana sai e, inevitavelmente, torna Arnaldo inelegível para o cargo de deputado – nesse caso, ele só poderia tentar a reeleição para governador -, o que praticamente é uma confirmação de que o peemedebista ficará no Palácio dos Leões, pelo menos, até o fim do ano.
Em qualquer uma das hipóteses, cada dia que passa é um a menos que o grupo Sarney tem para negociar que fim dará ao imbróglio. Enquanto isso, Arnaldo Melo vai-se fortalecendo entre os deputados e confirmando o apoio mesmo de colegas que já se haviam distanciado dele.
FONTE: GILBERTO LÉDA