POLÍCIA CIVIL APRESENTA SUSPEITOS DA MORTE DE IDOSA NA VILA RIOD EM SÃO LUÍS.

Edson Soares Maramaldo, o Coelho, e Markus Vinicius Soares do Nascimento.
Edson Soares Maramaldo, o Coelho, e Markus Vinicius Soares do Nascimento.

SÃO LUÍS – Durante coletiva ocorrida ontem, na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), na Vila Palmeira, a Polícia Civil apresentou a imprensa os suspeitos pela morte da idosa, Dulcineia Ferreira Ribeiro, de 69 anos, ocorrida na porta de sua, na Rua Nossa Senhora de Fátima, na Vila Riod, área da Cidade Operária, no fim da tarde de terça-feira (12). Os suspeitos foram identificados como Edson Soares Maramaldo, o Coelho, de 28 anos, fugitivo da Penitenciária de Pedrinhas, e Markus Vinicius Soares do Nascimento, de 23 anos, e ambos integrantes da facção criminosa do Primeiro Comando do Maranhão (PCM). Edson Soares Nascimento respondia por roubo qualificado e porte ilegal de arma. Ele foi um comandantes da rebelião da Delegacia de Pinheiro, em 8 de fevereiro de 2011, que resultou em quatro mortes, inclusive com vítimas decapitadas De acordo com as informações da polícia, os suspeitos foram à Vila Ryod, no fim da tarde de terça-feira (15) com o objetivo de matar um homem, identificado como Tiago, devido um acerto de contas, ligado a comercialização de drogas no bairro.

Os homicidas ao transitarem pela Rua Nossa Senhora de Fátima avistaram o homem. Tiago ao perceber que estava sendo perseguido, correu e invadiu a casa da idosa, Dulcineia Ferreira Ribeiro, de 69 anos, que estava na porta fazendo tricô. Neste momento, um dos suspeitos desceu do Pálio verde, de placas NXC-3758, e efetuou vários tiros em plena via pública. Os tiros atingiram a idosa, um na cabeça e dois no abdômen. Em seguida, eles fugiram do local. Moradores levaram Dulcineia Ribeiro para o Hospital Municipal Doutor Clementino Moura, Socorrão II, na Cidade Operária, onde passou por uma cirurgia, mas não resistiu. Ela teve perda de massa cefálica após ser baleada.

Fuga – Segundo o delegado Armando Pacheco, após a morte da idosa, os investigadores da SPCC e da Delegacia do Departamento de Combate a Narcóticos (Denarc), órgão ligado a Superintendência Estadual de Investigação Criminal (Seic), foram até o local do crime e olheram as primeiras informações e ficaram sabendo que os suspeitos iriam dormir naquela noite em um apartamento, no Angelim.

Os policiais montaram campana nas proximidades do apartamento e conseguiram localizar por volta das 20h30, o veículo utilizado na ação criminosa, um Fiat Pálio prata escuro, de placas NXC-3758, em um trailer de lanche, no Angelim. Nesse instante foi feita a abordagem e encontraram os dois suspeitos no veículo. Eles ainda tentaram negar as acusações e afirmaram que estavam em companhia de duas mulheres, que tinham indo comprar lanches. Após serem revistados, a polícia encontrou uma pistola 9 mm com 12 munições israelense e cinco munições de revólver calibre 38.

A dupla foi levada para a sede da Seic, no Bairro de Fátima, onde foi apresentado ao delegado Cláudio Mendes. Eles foram autuados em flagrante por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de uso restrito das Forças Armadas. O veiculo tinha sido tomado de assalto de um assistente social da Polícia Civil do estado do Pará, no ano passado. “A nossa equipe ainda está fazendo buscas pela cidade com o objetivo de prender mais um acusado que consegui fugir do cerco policial e tentar identificar o Tiago, pois, até o momento sabendo que faz parte do Bonde dos 40”, afirmou Armando Pacheco.Outras ações criminosas – Edson Gomes possui dois mandados de prisão em aberto e responde ainda pelos crimes roubo, porte ilegal de arma, formação de quadrilha e homicídio qualificado. Ele saiu da Penitenciária de Pedrinhas, no dia 14 de maio deste ano, beneficiado com a saída temporária do Dia das Mães.

O delegado Armando Pacheco disse ainda que Edson Gomes foi um dos coordenadores da rebelião da Delegacia de Pinheiro, que durou cerca de 15 horas e quatro internos morreram. Uma das vítimas foi o detento José Agostinho Bispo, condenado a 63 anos de prisão por abusar e de manter em cárcere privado uma filha durante 16 anos. “No decorrer dessa rebelião, Coelho mandava os internos ligarem para os seus familiares dos presos exigindo depósito em dinheiro na conta de uma tia dele. Com isso, ele chegou a faturar mais de R$ 6 mil”, frisou o delegado.

 

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