PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL EM GREVE OCUPAM A PREFEITURA DE SÃO LUÍS.

PROFESSORES DENTRO DA PREFEITURA.
PROFESSORES DENTRO DA PREFEITURA.

SÃO LUÍS – A greve de professores da rede municipal de ensino de São Luís ganhou um novo capítulo no fim da tarde de ontem. Em greve desde o dia 22 de maio, os docentes ocuparam o Palácio de La Ravardière, sede da Prefeitura, na Praça Pedro II. Eles disseram que só deixarão o local quando o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) estabelecer o canal de negociação com a categoria. Os docentes chegaram ao local por volta das 18h, no término do expediente, e surpreenderam os funcionários que ainda estavam no prédio. Aproximadamente 200 professores participaram do manifesto e invasão: enquanto um grupo de docentes ocupou a recepção, os corredores, e o auditório do Palácio de La Ravardière, o restante deles ficou do lado de fora do prédio.

Ocupação – Quando os docentes chegaram à Prefeitura, o chefe do Executivo municipal não se encontrava mais no local. No palácio, os grevistas entraram carregando bandeiras do movimento e denunciando o descaso do poder público municipal com relação à educação da cidade. Homens da Guarda Municipal permaneceram o tempo todo no local para evitar a depredação do patrimônio. Mas o movimento foi pacífico.

De acordo com a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindicato dos Profissionais do Magistério do Ensino Público Municipal de São Luís (SindEducação), a ocupação da sede do executivo municipal foi motivada pela intransigência do prefeito em estabelecer o canal de negociação com a categoria. “Nós decidimos fazer isso por causa da intransigência do prefeito Edivaldo Holanda Júnior em negociar com a categoria. Tentamos de todas as formas conversar com ele, mas ele se recusa em receber a categoria. Por isso, nós vamos sair daqui apenas depois que o prefeito conversar conosco”, disse a líder sindical.

De acordo com o professor Leonel Torres, o movimento da categoria está cada vez ganhando mais adeptos e, consequentemente, mais força. “Estamos aqui de forma pacífica e só vamos sair quando o prefeito receber a comissão de negociação. O movimento está cada vez mais forte e é um reflexo do descaso que o prefeito está tendo com a categoria e com a educação”, afirmou.

Para o professor Antonísio Furtado, o ato foi necessário para que os diversos problemas da educação municipal sejam solucionados. “Queremos resolver os problemas da educação, dos professores e dos alunos e apenas sairemos daqui isso for resolvido”, frisou.

Em nota, a Prefeitura de São Luís informou que repudia veementemente o ato, por mais legítimo que seja o movimento e os interesses coletivos pleiteados pelo Sindicato dos Professores. Disse que a Prefeitura sempre esteve aberta ao diálogo com os representantes da categoria e defendeu a adoção de alternativas democráticas para garantir os direitos dos profissionais de educação. Por fim, informou que adotou todas as medidas necessárias para a preservação do patrimônio e da ordem pública.

FONTE: O ESTADO

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