JHONATAN ISENTA FÁBIO CAPITA,GLÁUCIO ALENCAR,JOSÉ DE ALENCAR E CUTRIM DA MORTE DE DÉCIO SÁ.

Jhonatan de Sousa Silva
Jhonatan de Sousa Silva

 

O depoimento mais esperado das oitivas de testemunhas do caso Décio Sá foi realizado na manhã desta quarta-feira (5/6). Um ano depois de ter sido preso, Jhonatan de Sousa Silva, de 25 anos, executor do jornalista falou em juízo sua versão dos fatos.

Ele admitiu ter cometido o crime, disparando à queima roupa contra a vítima, em abril do ano passado, em troca da recompensa de R$ 100 mil prometida por outro acusado de envolvimento no crime, o empresário José Raimundo Alves Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”. Também revelou o nome de um outro envolvido no crime. Marcos Antônio Souza Santos teria sido o condutor da moto que levou o executor até a barraca da Avenida Litorânea onde Décio Sá foi fatalmente alvejado, além de ter vendido a arma do crime a Jhonatan de Sousa Silva, por R$ 2 mil.

Esse Marcos também seria o intermediador dos contatos entre o autor dos disparos e Júnior Bolinha, e teria dividido o valor que chegou a ser pago pelo serviço encomendado. Nos autos do processo, Marcos foi identificado como ‘Neguinho Barrão’, e conheceu Jhonatan em 2010, em Santa Inês.

Acusados não teriam participação em planejamento do crime

Jhonatan afirmou que teve vários encontros com Júnior Bolinha, e que chegou a pensar em matar o empresário, já que ele teria prometido R$ 200 mil pelas mortes de Décio Sá e do empresário Fábio Brasil, assassinado em Teresina, um mês antes do jornalista, mas pagou apenas R$ 24 mil.

Por esse motivo, e para tornar mais convincente o envolvimento de Bolinha na trama, Jhonatan confessou que incluiu, no próprio depoimento à polícia, os nomes de diversas pessoas mencionadas pelo empresário em conversas que tiveram, e que integrariam seu círculo de relações de amizade ou profissionais. Tais nomes, que Jhonatan informou não terem participado do plano de matar Décio Sá, seriam de três outros réus do processo – o capitão da Polícia Militar (PM) Fábio Aurélio Saraiva Silva, o “Fábio Capita”, os empresários Gláucio Alencar Pontes Carvalho e José de Alencar Miranda Carvalho, pai de Gláucio Alencar -, além do deputado estadual Raimundo Cutrim.

Sobre o também acusado Fábio Aurélio do Lago Silva, o “Bochecha”, Jhonatan de Sousa Silva disse não recordar se citou o nome dele nas oitivas iniciais da investigação, em vista de se encontrar sob forte pressão dos delegados a quem prestou depoimento, tendo muitas vezes admitido informações sugeridas para não sofrer represálias.

Por fim, o executor disse estar arrependido de ter executado Décio Sá, em vista do sofrimento que sabe ter causado a diversas pessoas, mas que pretende pagar pelos crimes que cometeu, e no futuro reconstruir a vida ao lado dos três filhos, com idades entre sete meses e dois anos.

 

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