EM COLETIVA A IMPRENSA CORONEL IVALDO AFIRMA QUE O SARGENTO MORTO ATIROU CONTRA A VIATURA DA ROTAM.

CEL. IVALDO E O SARGENTO MORTO.
CEL. IVALDO E O SARGENTO MORTO.

SÃO LUÍS – O comando da Polícia Militar abriu um inquérito policial para apurar a morte do sargento Benedito Gomes de Lima Filho, de 45 anos, e afastou do serviço por período indeterminado a guarnição da Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam), suspeita de ter executado o militar com mais de sete tiros de pistola ponto 40, na madrugada de domingo (6), na Avenida Daniel de La Touche, no Maranhão Novo. Essas medidas foram anunciadas pelo comandante da Rotam, coronel Ivaldo Barbosa, durante entrevista coletiva, ontem, no Quartel da PM, no Calhau.

O coronel falou que esse fato será apurado tanto pela Polícia Militar quanto pela Polícia Civil. Em relação aos trabalhos na PM, o inquérito foi instaurado ainda na manhã de ontem. O comandante da Polícia Militar, o coronel Zanoni Porto, nomeou um oficial para presidir os trabalhos, que terão prazo de 30 dias para a conclusão.

A guarnição da Rotam, formada pelos policiais Pablo Michel Batalha Salazar, Ítalo César Ribeiro de Lima, Kelson José Lopes da Silva e Rodrigo Cardoso dos Santos, já foi ouvida pelo oficial, assim como o sargento Muniz, do 8º Batalhão da PM, que esteve no local do fato. Ivaldo Barbosa disse ainda que, durante o período do inquérito, os quatro militares estarão afastados da escala de serviço e ficarão à disposição do Centro de Assistência e Promoção Social (Caps) para tratamento psicológico.

As armas usadas na operação, as quatro pistolas ponto 40 da guarnição da Rotam e o revólver calibre 38 do sargento Lima Filho foram entregues na madrugada de domingo no Plantão da Polícia Civil na Beira-Mar e ontem foram encaminhados ao Instituto de Criminalística (Icrim), no Bacanga, para serem periciados. A Polícia Técnica vai elaborar um laudo que será anexado no inquérito.

Ação correta – “Todos os integrantes da guarnição são barra 2014 e estão preparados para exercer a atividade policial, pois foram formados pelo CFAP. Eles desenvolveram os trâmites corretos durante a abordagem, ou seja, como aprenderam durante o curso de formação militar e no decorrer dos treinamentos diariamente no batalhão. Mandaram parar, ligaram a sirene, o giroflex e ainda houve a verbalização”, frisou o coronel Ivaldo Barbosa.

O comandante da Rotam Ivaldo comentou que os militares disseram em depoimento que estavam retornando ao seu posto, na Cohama, quando receberam a informação via Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) que a Big Ben da Cohama tinha sido assaltada por homens, que estavam em um Corsa Classic prata, e em uma motocicleta Fan preta. Nas proximidades do retorno da Cohama, observaram um veículo com essas mesmas características e ordenaram que parasse para a abordagem. Os ocupantes do automóvel não obedeceram e um deles teria feito um disparo contra os policiais que estavam na viatura.

Foi então iniciada a perseguição e a viatura chegou a encostar três vezes na traseira do carro da vítima para que parasse. O coronel explicou que os militares chegaram a ligar o giroflex, o aparelho luminoso característico da polícia, que configura que se tratava de uma abordagem policial padrão.

Neste momento, mais uma vez, o sargento Benedito Gomes de Lima Filho teria voltado a disparar contra a guarnição da Rotam e só parou o carro depois de ser tocado na lateral pela viatura, fazendo com rodopiasse na avenida. O sargento desceu do veículo com a arma em punho em direção aos policiais e foi então atingido com vários tiros. O homem que estava no automóvel com o sargento, Ivo Fernando França Cutrim, 31 anos, ao sair do Corsa Classic foi mobilizado pelos militares e conduzido para o Plantão de Polícia Civil na Beira-mar, onde prestou depoimento ao delegado Marconi Freitas.

Mais

No decorrer da entrevista, o coronal Ivaldo Barbosa informou que o sargento Benedito Gomes Lima Filho tinha sido excluído da corporação militar em 1992, pelo crime de duplo homicídio, ocorrido no bairro do João Paulo. No ano de 1994, por decisão da Justiça, ele retornou a polícia. No momento, o sargento estava lotado no corpo de segurança da Assembleia Legislativa, mas, na época em que foi excluído trabalhava no Batalhão Ambiental. “Iremos também apurar os fatos cometidos pela vítima, já que ele tem antecedentes criminais”, declarou.

 

 

 

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