No último fim de semana, o jornalista Marco D’Eça publicou em primeira mão no seu blog uma carta que seria de autoria de Júnior Bolinha, preso por ser acusado de ter contrato o assassino confesso do jornalista Décio Sá, Jhonatan Silva.
Na tal carta que seria endereçada ao secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, Júnior Bolinha alega inocência e aponta como verdadeiro mandante da morte do jornalista o empresário Marcos Regadas, um dos proprietários da construtora Franere (veja aqui).
O Blog procurou o secretário Aluísio Mendes que afirmou jamais ter recebido qualquer carta de Júnior Bolinha.
“Eu nunca recebi nenhuma carta. Se alguém disse a ele que me entregou, mentiu e o enganaram. Essa carta nunca chegou ao secretário, a nenhum delegado que participou da investigação, nem a Secretaria de Segurança e nem ao Ministério Público”, afirmou Aluísio Mendes ao Blog.
Já o jornalista Gilberto Léda, de volta à ativa após merecidas férias, fez em seu blog uma pergunta que se faz necessária: dá para acreditar no que diz, agora, Júnior Bolinha? (veja aqui)
Na postagem o jornalista faz alguns questionamentos naturais, como: por qual motivo somente agora, após quatro meses de redigir a tal carta, Júnior Bolinha fez com que o tal documento chegasse a imprensa?
O curioso é que durante esse período, Bolinha teve inúmeras oportunidades de falar sobre a tal carta, pois conversou com alguns jornalistas e foi ouvido pelo juiz Márcio Brandão, mas optou por um silêncio sepulcral.
Bolinha pode até esta dizendo a verdade, mas ficará difícil acreditar em alguém que está se transformando num mentiroso contumaz. Na acareação com Jhonatan Silva, Bolinha disse que nunca tinha visto o matador de Décio Sá.
Já na acareação com Gláucio Alencar, Junior Bolinha dá a entender que teria sido Glaucio o mandante das mortes de Décio Sá e Fábio Brasil. Além disso, não ficou claro na carta como Bolinha soube de tal encontro e como chegou à conclusão que o empresário Marcos Regadas seria o mandante do crime.
Durante seu depoimento, perante o juiz Márcio Brandão, o caminho utilizado como linha de defesa foi a tentativa de incluir como suspeito o empresário Pedro Teles, de Barra do Corda e que é irmão do deputado estadual Rigo Telles.
Agora Júnior Bolinha terá uma árdua tarefa, primeiro manter sua palavra e não muda-la novamente, depois fazer com que a Justiça acredite na sua nova versão, mas de antemão, precisa pelo menos contratar um “carteiro” que não erre o endereço, pois a tal carta, segundo o secretário Aluísio Mendes, nunca chegou ao destinatário.
FONTE: JORGE ARAGÃO