FORAGIDO DESDE NOVEMBRO HENRIQUE PIZZOLATO É PRESO COM PASSAPORTE FALSO NA ITÁLIA.

Henrique Pizzolato
Henrique Pizzolato

O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, único condenado do mensalão que estava foragido, foi preso pela polícia italiana nesta quarta-feira (5).

Pizzolato havia fugido para a Itália em novembro, quando foram decretadas as primeiras prisões. De acordo com a Folha de S.Paulo, Pizzolato foi detido com um documento falso. “Havia um mandado de prisão internacional contra ele. Aqui ele estava utilizando um documento falso. Ele entrou na Europa usando o passaporte de um irmão”, disse o comandante Carlo Carrozzo, em entrevista à Folha, responsável pela investigação em Modena.

Como ele tem cidadania italiana, não pode ser extraditado. Pizzolato foi preso pelos “carabinieri”, a polícia local italiana, na cidade de Maranello, no norte do país, onde estava morando na casa de um sobrinho. A cidade é famosa por abrigar uma fábrica e uma pista de testes da Ferrari.

Pizzolato foi levado para a delegacia dos carabinieri em Modena. A polícia italiana afirma que Pizzolato usou o passaporte falso para fugir do Brasil via Buenos Aires. Ele foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por seu envolvimento com o esquema do mensalão. A Polícia Federal brasileira ainda não comentou o caso. 

Após a fuga, Pizzolato divulgou por meio de seu advogado uma nota dizendo que havia fugido para a Itália com o objetivo de escapar das consequências de um “julgamento de exceção”. Ele disse ter fugido para a Itália em busca de uma chance de conseguir um novo julgamento. Além disso, alegou que gostaria de ver seu caso sendo novamente analisado pela Justiça italiana, onde não haveria pressões “político-eleitorais”. Devido à sua cidadania, ele estaria em relativa segurança na Itália, uma vez que o país europeu não extradita seus nacionais.

Pizzolato só poderia ser preso se o Brasil conseguisse fazer com que a Justiça italiana abrisse um processo relativo aos crimes do mensalão e, após novo julgamento, o condenasse. Isso tudo, porém, seria algo extremamente difícil de acontecer, segundo especialistas em direito internacional ouvidos pela Folha.

Tão logo sua carta foi divulgada, a Polícia Federal incluiu o nome de Pizzolato na chamada difusão vermelha da Interpol, deixando-o na lista internacional de criminosos procurados.

 

 

FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO

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