FRAUDADORA DA FOLHA DE PAGAMENTO DO TJ, TINHA SALÁRIO DE R$ 12 MIL E RECEBIA R$ 60MIL.

Diretora financeira do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), Cláudia Maria Rocha Rosa, e seu esposo.
Diretora financeira do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), Cláudia Maria Rocha Rosa, e seu esposo.

SÃO LUÍS – A servidora do Tribunal de Justiça do Maranhão, Cláudia Maria da Rocha Rosa, presa nesta terça-feira sob acusação de fraudar folha de pagamento e desviar quase R$ 0,5 milhão, está alegando ter cometido o crime por conta de uma doença rara. Claudia ainda disse que tem pouco tempo de vida e que precisava de dinheiro para garantir o futuro dos filhos.

Exames devem ser feitos para comprovar se o que a acusada diz é verdadeiro. O marido dela, Thiago Menezes, que também participava dos golpes, foi preso. A presidente do TJMA, Cleonice Freire, só descobriu a fraude quando percebeu que havia saque mensal de R$ 60 mil, valor que supera o salário da própria desembargadora. O salário da servidora era de R$ 12 mil mas ela recebia mensalmente R$ 60 mil. Cláudia ainda fez mais dois empréstimos de R$ 100 mil, que não era descontado e sim era pago pelo próprio Tribunal de Justiça.

Ontem mesmo, o TJMA decidiu, por unanimidade, instaurar Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra a servidora. A desembargadora Cleonice Freire comunicou a abertura do PAD e o afastamento preventivo da servidora do cargo efetivo de auxiliar judiciário, enquanto responder ao processo que irá apurar na justiça, a responsabilidade pelas irregularidades. Também foi designado à desembargadora Anildes Cruz, vice-presidente, a condução do processo investigatório. Conforme o Estatuto dos Servidores Públicos Civis, a autoridade instauradora do procedimento disciplinar poderá ordenar o afastamento do servidor do cargo como medida cautelar – sem prejuízo de sua remuneração-, a fim de que não venha a influir na apuração da irregularidade.

Fraude

Cláudia Rosa foi exonerada do cargo em comissão de chefe da Divisão da Folha de Pagamento no dia 11 de setembro, pela presidente Cleonice Freire, após constatada a prática de adulteração dos valores dos seus vencimentos no sistema de processamento da folha de pessoal do Judiciário.

 

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