PAPA FRANCISCO PEDE, EM CELEBRAÇÃO, PAZ ENTRE AS COREIAS.

PAPA FRANCISCO
PAPA FRANCISCO

 

VATICANO – O papa Francisco pediu ontem, em sua mensagem de Páscoa, que as divergências entre as duas Coreias sejam superadas e que uma “solução política” seja encontrada para o conflito interno na Síria. Na maior festa do cristianismo, Francisco pediu aos fiéis católicos que transformem “a morte em vida, o ódio em amor, a vingança em perdão, a guerra em paz”.

O pontífice, que respeitou o texto preparado e falou apenas em italiano, condenou os “que buscam lucros fáceis” e o “egoísmo que ameaça a vida humana e a família”. Ele pediu uma solução política para a crise síria, onde “muitos refugiados estão esperando ajuda e consolo”.

“Quanto sangue derramado! E quanta dor há de ser causada ainda [na Síria], antes que se consiga encontrar uma solução política para a crise?”, perguntou, em referência à guerra civil síria, que já deixou mais de 70 mil mortos, segundo a ONU, e gerou uma crise humanitária com mais de 1 milhão de refugiados fugindo para os países vizinhos.

Ao falar da Ásia, pediu para que sejam superadas as divergências na península coreana e que “amadureça um renovado espírito de reconciliação. Paz a esta Terra nossa. Que Jesus ressuscitado traga consolo aos que são vítimas de calamidades naturais e nos torne custódios responsáveis pela criação”, disse ele. Nas últimas semanas, a retórica de guerra entre a Coreia do Norte e seus rivais Coreia do Sul e Estados Unidos aumentou, gerando temor de um confronto militar na região.

O pontífice argentino também condenou o tráfico de drogas e o de pessoas. “Paz a todo o mundo, ainda tão dividido pela cobiça”, disse o papa no balcão da Basílica de São Pedro, após denunciar “a violência ligada ao tráfico da droga e a exploração iníqua dos recursos naturais”, além do “tráfico de pessoas, a maior escravidão do século XXI”.

Francisco também pediu que israelenses e palestinos retomem as negociações de paz no Oriente Médio, “com determinação e disponibilidade, a fim de pôr fim a um conflito que já dura tempo demais”.

O pontífice lembrou ainda da África, especialmente da República do Mali, para que volte a encontrar unidade e estabilidade, e da Nigéria, “onde infelizmente não cessam os atentados, que ameaçam gravemente a vida de tantos inocentes”.

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