Acusados de ataque a ônibus vão a júri popular em São José de Ribamar

Acusados no caso da menina Ana Clara são julgados em São Luís.

SÃO JOSÉ DE RIBAMAR/MA – Cinco homens acusados de envolvimento na morte da menina Ana Clara Santos Souza, de seis anos, durante um ataque a ônibus em São Luís, estão sendo julgados nesta segunda-feira (11) na 1ª Vara Criminal de São José de Ribamar, município localizado na Região Metropolitana de São Luís. A previsão é que o julgamento seja encerrado nessa terça-feira (12).

Estão sendo acusados pelo homicídio Jorge Henrique Amorim Santos, Wilderley Moraes, Hilton John Alves Araújo, Thalisson Vítor Santos Pinto e Larravardiere Silva Rodrigues de Sousa Júnior. Eles também respondem pela tentativa de homicídio da mãe da menina, Juliane Carvalho, de Márcio Ronny, que teve 70% do corpo queimado ao entrar no ônibus em chamas, de Lohanny Beatriz e Abianci Silva Santos.

De acordo com o Ministério Público do Maranhão (MPMA), Jorge Henrique e Wilderley Moraes seriam os mandantes do ataque, com base em áudios enviados pelos dois no dia da ação determinando a ação nos ônibus. A defesa contesta a denúncia do MPMA, alegando que não foi uma realizada uma perícia que comprove de que a voz são dos dois acusados.

Até o início da tarde, já haviam sido ouvidos pelo júri Jorge Henrique e Wilderley. Também prestaram depoimento a mãe de Ana Clara, Márcio Ronny, dois policiais e um delegado que participaram da prisão e conduziram as investigações sobre o caso.

A acusação também usa como argumento que anos após o crime, a mãe da menina ainda precisa usar remédios controlados e que Márcio Ronny continua fazendo tratamento para pele que ficou com sequelas.

ANA CLARA MORREU MEDIANTE SEU CORPO QUEIMADO.

Entenda o caso

Todos os acusados e mais quatro menores foram recrutados para executar a ação ‘Salve Geral’, determinada por uma facção criminosa que age em São Luís. As investigações da Polícia Civil apontaram que a ordem para realização da ação teria partido do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Um dos menores teria entrado no ônibus no bairro Vila Sarney Filho, ameaçado o motorista e a cobradora com um revólver e forçou que o veículo parasse no acostamento. Em seguida, os cinco acusados apareceram e atearam fogo no ônibus, ameaçaram os passageiros. A ação resultou na morte da menina Ana Clara Santos Souza, de seis anos, que teve 95% do corpo queimado.

Sansão dos Santos Sales e Julian Jeferson Sousa da Silva, foram apresentados à polícia como participantes do crime e deixaram de ser denunciados pelo MPMA após ter sido identificado que eles tinham participação na ação.

 

 

 

 

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